O Laboratório de Mamíferos
Aquáticos e
Bioindicadores “Profa Izabel M. G. do
N. Gurgel” (MAQUA), da
Faculdade de Oceanografia da UERJ, desenvolve desde 1992,
ações e pesquisas
que visam ampliar o conhecimento acerca dos mamíferos
marinhos que ocorrem no
Estado do Rio de Janeiro, bem como sua
preservação. Os cetáceos (golfinhos e
baleias) são o principal alvo das
ações do MAQUA, mas outros grupos de animais
marinhos, como quelônios e peixes, também
são estudados.
O trabalho do
MAQUA pode ser
dividido em três linhas principais: estudos de ecotoxicologia
e história
natural por meio de análise de material
biológico, a pesquisa em ecologia e
bioacústica com animais vivos e a
educação ambiental.
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No
início de
1992 foi criado, por iniciativa de alunos de
graduação, um grupo de trabalho
denominado Projeto Mamíferos Aquáticos (Projeto
MAQUA). Tal grupo desenvolve
trabalhos de pesquisa na área de mamíferos
aquáticos, sendo pioneiro nesta
abordagem dentro da UERJ.
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Suas
pesquisas
iniciaram-se na Baía de Guanabara com o boto-cinza, Sotalia
guianensis (Cetacea, Delphinidae). No começo, o
trabalho
restringia-se a observações dos botos em ambiente
natural, sendo desenvolvido
paralelamente o recolhimento de carcaças e um
esforço conservacionista, baseado
em iniciativas de educação ambiental.
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Contando
ainda com uma estrutura muito precária,
o trabalho foi expandido para outras áreas da costa do
Estado do Rio de
Janeiro. Primeiramente, nestas novas áreas, apenas eram
realizados
recolhimentos de cetáceos encalhados mortos.
Porém, em 1993, o trabalho foi
estendido para região sul do Estado, mais especificamente
para a Baía de Ilha
Grande. Neste mesmo ano, o Projeto começou também
a desenvolver na Região dos
Lagos atividades ligadas a educação ambiental,
principalmente nos municípios de
Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios.
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A partir desse momento,
já sob a coordenação da
Profa.
Dra. Izabel Maria Gonçalves do Nascimento Gurgel, foi criada
uma linha de pesquisa no Departamento relativa à ecologia de
Mamíferos
Aquáticos, sendo formalmente implantados projetos vinculados
tanto à área de
extensão (junto a SR3), quanto à área
de pesquisa (junto a SR2), que se
encontram ativos até o momento.
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Foi dado início a
uma nova fase no trabalho do
Projeto MAQUA, aonde começaram a ser desenvolvidos trabalhos
avançados dentro
do campo da oceanografia biológica e também da
extensão universitária. As
sub-reitorias envolvidas reconheceram tal esforço e passaram
a dar condições de
trabalho que permitiram o alcance de objetivos mais audaciosos. O
Projeto
passou a contar com uma estrutura mínima: um local
próprio de trabalho, barco,
máquina fotográfica profissional, computadores,
telefone, entre outros.
O
MAQUA ganha,
a partir daí, um espaço destacado junto
à comunidade acadêmica, sendo precursor
de trabalhos pioneiros no Brasil, como estudos
ecotoxicológicos relativos à
bioacumulação de poluentes em
cetáceos, assim como desenvolvimento de técnicas
para o estudo ecológico de golfinhos e baleias.
A
UERJ
torna-se então uma referência para o trabalho com
mamíferos aquáticos no
Brasil, sendo reconhecida tanto no meio universitário quanto
por parte de
órgãos de governo (Secretarias Municipais de Meio
Ambiente, Corpo de Bombeiros,
Companhias de Limpeza Urbana, do IBAMA, entre outros).
Desde 2005, o Projeto MAQUA
passou a ser um
Laboratório da Faculdade de Oceanografia da UERJ:
Laboratório
de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores
“Profa
Izabel M. G. do N. Gurgel” (MAQUA).
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O
trabalho do MAQUA pode ser dividido em três linhas
principais: o recolhimento de carcaças, a pesquisa em
ecologia com animais vivos e a educação
ambiental. |
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